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EBC- Notícias Internacional

Luana Lourenço - Agência Brasil15.08.2013 - 21h28 | Atualizado em 15.08.2013 - 21h37
 

 

Brasília - A alta comissária da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, Navi Pillay, fez um apelo nesta quinta-feira (15) para que todas as partes envolvidas no conflito no Egito iniciem um processo de negociação a fim de frear a onda de violência que se instalou no país deixando centenas de mortos e milhares de pessoas feridas.

“Lamento a perda de vidas e apelo a todos no Egito para buscar uma saída para a violência. Exorto as autoridades egípcias e as forças de segurança a agirem com a máxima moderação”, disse Navi Pillay, segundo informações da agência de notícias da ONU. “Apelo mais uma vez a todos os lados para o diálogo urgente para evitar mais violência e ódio, com o objetivo de restaurar a ordem constitucional por meio de eleições livres e democráticas”, acrescentou.

Nesta quarta (14), as forças de segurança entraram em confronto com manifestantes exigindo a reintegração do presidente deposto, Mohamed Mursi.

“O número de pessoas mortas ou feridas apontam para um excesso do uso da força contra os manifestantes”, disse a chefe da ONU para os Direitos Humanos. “Deve haver uma investigação independente, imparcial e eficaz da conduta das forças de segurança. Qualquer pessoa considerada culpada de delito deve ser responsabilizada”, disse.

Navi Pillay ressaltou que as forças de segurança devem agir com respeito aos direitos humanos, de liberdade de expressão e de reunião pacífica dos cidadãos. “Toda pessoa privada de liberdade deve ser tratada com humanidade e com todas as garantias judiciais no âmbito do direito internacional”, disse.

Segundo informações da ONU, o Conselho de Segurança se reuniu nesta quinta-feira, a portas fechadas, para analisar a situação no Egito. “O ponto de vista dos membros do conselho é importante para acabar com a violência no Egito. Houve um desejo comum sobre a necessidade de acabar com a violência e promover a reconciliação nacional”, disse a embaixadora argentina Maria Cristina Perceval, país que ocupa a presidência rotativa do conselho em agosto.

Edição: Aécio Amado


 

Chefe de Direitos Humanos da ONU pede fim da violência no Egito

 

Não há direitos humanos em favelas e tribos indígenas do Brasil, diz Anistia

 

Júlia Dias Carneiro

Da BBC Brasil no Rio de Janeiro

Atualizado em  10 de agosto, 2013 - 15:51 (Brasília) 18:51 GMT

Após uma semana de encontros no Brasil, o secretário-geral da ONG Anistia Internacional, Salil Shetty, cobrou o fim da impunidade policial e um maior consistência na proteção aos direitos humanos, afirmando que tanto favelas do Rio quanto comunidades indígenas do Mato Grosso do Sul parecem ser "zonas francas de direitos humanos".

"É como se essas pessoas não estivessem no Brasil. Lá valem regras diferentes. Elas vivem em zonas de guerra, e todos os direitos humanos estão suspensos", disse o indiano.

 

Em entrevista à BBC Brasil, Shetty condenou a violência policial, comentou o desaparecimento do pedreiro Amarildo, na Rocinha, e afirmou que a ação da polícia durante as manifestações foi "um alerta para o cidadão brasileiro médio sobre como a polícia atua".

Shetty passou a última semana no Brasil e ouviu relatos de violência de moradores do Complexo da Maré e de comunidades indígenas em Dourados, no Mato Grosso do Sul, onde visitou uma aldeia Guarani-Kaiwoá e se reuniu com lideranças de diversas etnias.

Em Brasília, ele teve encontros com os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, e o secretário-geral da presidência, Gilberto Carvalho.

"Procurei transmitir para eles um sentido de urgência", disse. "Essas comunidades (tanto as indígenas quanto as favelas) estão perdendo a paciência."

Ao encerrar sua visita na sexta-feira, Shetty considerou que o governo tem muitas conquistas das quais deve se orgulhar, citando a redução da pobreza, a desigualdade de renda e a criação da Comissão da Verdade.

Mas disse que o Brasil precisa agir com urgência para proteger seus cidadãos com consistência.

 

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